O Congresso Nacional brasileiro está discutindo a regulação da publicidade no setor de apostas, mas as medidas propostas têm gerado dúvidas sobre sua eficácia. Um projeto de lei aprovado no Senado no mês passado impõe restrições à participação de influenciadores, atletas e figuras públicas em anúncios de apostas. Além disso, há novas regras sobre os horários e formatos das propagandas. No entanto, especialistas apontam que a legislação pode ser insuficiente, uma vez que muitas crianças são expostas ao mundo das apostas apenas por assistirem a jogos de futebol.
Atualmente, dos times da Série A do Campeonato Brasileiro, apenas o Red Bull Bragantino não exibe anúncios de casas de apostas em seus uniformes. Mesmo com as novas restrições, os jogadores continuarão a usar essas marcas nas camisetas, o que gera preocupação sobre a influência que essas publicidades exercem sobre os jovens torcedores.
Outra questão levantada é a exposição de crianças a conteúdos relacionados a apostas em plataformas como a TV Cazé, um canal no YouTube que também é patrocinado por casas de apostas. Isso levanta a discussão sobre como a publicidade nesse contexto pode afetar o público jovem.
Recentemente, uma situação específica foi questionada em relação ao “Rei do Pitaco”, uma plataforma de apostas. Um pai relatou que seu filho conseguiu criar uma conta de apostas utilizando seu CPF, levantando questões sobre a eficácia das verificações de idade e de titularidade das contas. A empresa declarou que permitia apenas depósitos e saques em contas bancárias vinculadas ao CPF do usuário, mas a situação sugere que a fiscalização pode não estar funcionando como deveria.
O “Rei do Pitaco” afirmou que na época da criação da conta, atuava apenas com um produto chamado “Fantasy Turbo”, que, segundo o pai, seu filho não compreendia bem. Apesar das declarações da empresa, a situação levanta preocupações sobre a legalidade e a supervisão das apostas envolvendo menores de idade.
Tentativas de contato com executivos da empresa para esclarecer a situação não tiveram sucesso até o momento. O espaço para diálogo sobre o tema permanece aberto, dado o interesse crescente em regulamentar a publicidade relacionada a apostas.
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